quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pesquisar não, navegar


Pesquisar sobre um conceito, seja ele qual for, é como andar de montanha-russa, a subida é lenta e você até pode se acostumar com aquilo, mas de repente uma descida vertiginosa te leva por caminhos e sensações inesperadas.
Através da internet, mais do que pesquisar, nós navegamos. Navegamos por oceanos de páginas que nos são oferecidas, e links que nos levam para caminhos cada vez mais intrincados e muitas vezes sem volta.
A busca pelo conceito de hipertexto foi exatamente assim. Nos deparamos com 136.000 páginas, abrimos a primeira, começamos a leitura e encontramos o primeiro link (digital), ficamos sabendo um pouco sobre sinais digitais e analógicos. Os próximos links nos levam a páginas que conceituam os próprios links e hiperlinks. Quando percebemos, já estávamos lendo sobre Roland Barthes, semiologia, hipermídia e “Memex”, um dispositivo, descrito em 1945 por Vannervar Bush, precursor da internet.
O uso dos links permitiu maior compreensão do conceito de hipertexto por tornar a busca além de teórica, prática. Isto porque a pesquisa foi realizada a partir de hipertextos em que foram utilizados, por diversas vezes, os recursos de leitura não linear, pelo acesso aos links.
Em determinados momentos, retornar e reencontrar os caminhos da pesquisa foi uma tarefa difícil. Deixar de se enveredar por caminhos cada vez mais profundos exige disciplina e força de vontade. A manutenção do foco é fundamental.
A pesquisa nunca é em vão e a facilidade e rapidez com que podemos acessar uma quantidade enorme de informação fazem da internet uma ferramenta adequada para acompanhar todas as conexões que o pensar nos exige.